Poeminha: Simplesmente.

E ela tinha sim papas na língua,
mas com todo cuidado ela falava
o que pensava,
e eram poucas as pessoas
que a faziam sair do sério.
Ela tinha sim opinião,
uma bem formada aliás,
mas respeitava a dos outros.
Tudo bem, eu admito que ela 
adorava uma discussão
com pessoas com o 
mesmo nível de maturidade,
poder argumentar sem medo de ser rude
era um de seus momentos favoritos:
era bom se sentir certa
num lugar tão errado.
Para simplificar eu posso dizer
que ela não era nem 
Maria vai com as outras
nem barraqueira,
ela era ela mesma:
autêntica, simpática e decidida
ao mesmo tempo.
Mas...
Como era possível?
Ela acreditava que podia,
e então ela
simplesmente podia, 
porque todo mundo pode
se realmente quiser.

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